terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Novidades sobre as drogas - Fiquem atentos .


As novas ameaças

Sextasy e playboy no tráfico
O uso de substâncias psicoativas acompanha a humanidade há milênios, mas foi apenas no final do século XIX que algumas delas receberam a denominação "droga" e seu uso passou a ser condenado. A etimologia da palavra é controversa. Sua origem já foi atribuída às línguas bretã, grega, irlandesa e francesa, mas a versão mais aceita prega que ela vem mesmo do holandês droog (seco). O termo seria uma referência aos carregamentos de peixe seco que chegavam à Europa, muitas vezes estragados. A associação com as substâncias químicas talvez se deva ao seu gosto estranho e à sua procedência estrangeira. Atualmente, o uso de drogas é proibido em praticamente todos os países e os especialistas são unânimes em afirmar que a grande maioria delas causa dependência e tem efeito devastador sobre a saúde dos usuários. Mesmo assim, desde meados do século XX, o consumo mundial de entorpecentes só aumenta. A seguir, algumas das novidades do perigoso submundo das drogas e as mudanças de comportamento que tanto provocam quanto são influenciadas pelas novas tendências.

Drogas sintética e 'playboys' do tráfico
À medida que seu uso aumenta, os entorpecentes se diversificam. As drogas sintéticas, da qual o ectasy é o mais célebre expoente, tornaram-se a galinha dos ovos de ouro do boom de consumo verificado nas últimas décadas. Popularizadas a partir dos anos 70, as pastilhas produzidas em laborátório são cada vez mais procuradas. No Brasil, essa crescente praga urbana criou até um novo tipo de traficante: o jovem de classe média ou alta freqüentador de raves - festas movidas a música eletrônica e drogas que costumam acontecer ao ar livre por vários dias seguidos. Os "playboys do tráfico", como esses indivíduos são chamados pela polícia, representam 90% dos presos por distribuir drogas sintéticas em território brasileiro, especialmente ecstasy e LSD. Eles são, em sua maioria, universitários que usam o computador para comerciar e vêem o dinheiro da venda como uma forma de garantir luxos extras.

A droga customizada
O grau de ousadia e sofisticação dos traficantes está cada vez maior. Eles agora se especializam em produzir drogas sob encomenda, para atender a determinados segmentos de consumidores. E se desdobram, de tempos em tempos, para abastecer o mercado de novidades - seja para satisfazer aqueles que buscam substâncias mais potentes, seja para compensar a falta de uma determinada droga. No início dos anos 2000, criaram um aditivo para internautas adolescentes e aficionados por videogame. Vendido sob a forma de pedras de cristais transparentes, o ice, como foi chamado, serviu direitinho aos propósitos de seu público-alvo: o coração dispara, a pressão arterial sobe, as pupilas dilatam e o cérebro é inundado por substâncias relacionadas à sensação de bem-estar. Tem-se a impressão de que o corpo é um poço de energia. O raciocínio parece mais rápido. Os reflexos motores, mais aguçados. A luz vinda do monitor incrementa a dança cerebral. Mesmo depois de horas diante da máquina, o usuário não sente cansado. Assim como o ecstasy, que se destinava aos freqüentadores de raves e casas noturnas, o ice foi elaborado para um público bem definido.

Drogas digitais: entorpecentes do bem?
Nem todas as novas invenções do mundo das drogas oferecem perigo. A última novidade no rol dos entorpecentes resume-se a um computador, um arquivo sonoro, um par de fones de ouvido e disposição para ouvir durante meia hora sons desconexos em alto volume. A estranha combinação, supostamente capaz de alterar o estado de consciência do usário, foi chamada de droga digital. No site I-Doser, há vários desses ruídos psicotrópicos que prometem sensações idênticas às de drogas reais. O princípio do entorpecente é a técnica binaural beats, descrita pelo físico alemão Heinrich Dove em 1839. Segundo o cientista, se freqüências distintas são reproduzidas em cada ouvido, o cérebro produz um terceiro sinal, correspondente à diferença entre os sons originais. A nova freqüência seria a responsável por alterar o estado de consciência do usuário. O "barato", porém, ainda não foi comprovado, mas, se for, terá pelo menos uma vantagem: sua fonte não é ilegal.

Mulheres também abusam
Figuras do mundo artístico encrencadas com álcool e drogas ilícitas não são novidade. Seja pelas características da profissão, pelo dinheiro farto, pela facilidade de acesso, seja por se acreditar acima do bem e do mal, cada geração de Hollywood - e, por tabela, dos famosos do mundo inteiro - sempre teve sua cota de notórios bad boys. O que o comportamento de celebridades como Amy Winehouse, Britney Spears e Paris Hilton aponta é a existência de um clube novo, o das bad girls - meninas novinhas, ricas, famosas e admiradas que bebem, sim, consomem drogas, sim, farreiam a noite toda, sim, saem dos clubes carregadas, sim, e, se alguém vir, azar. Problema só delas? Nem tanto. Os especialistas demonstram que o comportamento das celebridades incentiva muitas adolescentes. As mulheres agora se socializam e bebem como os homens. As conseqüências dessa mudança de comportamento logo aparecerão nas estatísticas, como, por exemplo, no aumento do número de mulheres adultas dependentes do álcool. Vício que, como já se sabe, costuma ter suas fundações na juventude.

Coquetel explosivo: viagra com ecstasy
Outra novidade contemporânea relacionada às drogas sintéticas são as "Sextasys", festas aditivadas por uma combinação explosiva de duas pílulas: uma de Viagra e outra de ecstasy. Ingerido sozinho, o ecstasy aumenta a libido, mas compromete o desempenho sexual masculino. Por ser uma substância vasoconstritora, a droga impede o aporte de sangue para o pênis, o que dificulta a ereção. Ou seja, o consumidor se anima, mas, na "hora H", pode falhar. Para compensar o indesejável efeito colateral, inventou-se a mistura de ecstasy com Viagra, o remédio que combate a impotência. No que se refere aos vasos sangüíneos, a droga contra a disfunção erétil tem efeito oposto. Ela dilata as veias e artérias, aumentando o fluxo de sangue para a região peniana, o que facilita a ereção. A novidade nasceu entre os gays nova-iorquinos, em meados de 2001, e virou mania nos Estados Unidos. Não demora, estará por aqui.


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